Síntese
José Paulo Paes é considerado alguém muito humilde. Suas obras, então, proseiam sobre aquilo que ele viveu, ou seja, cenas banais e cotidianas.
A primeira capa do livro resume bem o objetivo dele: o minimalismo dos traços finos e o desenho que indica uma taça de vinho sendo consumida indica a descontração e o relaxamento da prosa.
1° parte: Prosas
- 20 prosas poéticas
- Descompromisso com a parte técnica das prosas
- Por mais contraditório que seja, essas prosas são poemas com elementos livres, ou seja, não há o rigor exigido pela escola.
2° Parte: Seguida de Odes mínimas
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Odes: louvor, homenagem e/ou elogio a algo ou alguém; tradição clássica
- Contudo, José ironiza com esse conceito, pois suas Odes não representam coisas notáveis que mereçam, de fato, o elogio dele ou da sociedade. O autor as dedica para sua bengala, por exemplo.
- Dica de prova!: se, no título, aparecer a crase “à” ou “ao”, significa que é uma Ode, ou seja, é dedicada a alguma coisa do autor e faz parte da segunda parte.
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As Odes são mínimas porque são concisas.
- Elas são epigramas: trechos resumidos, bem-humorados e/ou críticos, deixados em lápides, que sintetizam aquela pessoa que faleceu.
- Temática: os temas são cotidianos e minimalistas, o que torna as odes, mínimas.
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A ironia do autor encontra-se já no texto: como algo que é feito para louvar pode ser mínimo?
Figuras de linguagem da obra
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Metáfora: comparação implícita entre dois elementos distintos.
“Superei as curvas da vida”
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Alegoria: representação de uma ideia abstrata a partir de uma referência concreta.
Alegoria da caverna, Platão.
Estrutura e estilo